O sector têxtil Português muito tem a dizer sobre “altos e baixos”. É um sector que já viu dias gloriosos e dias penosos onde toda a esperança parecia perdida. Os industriais sofreram, os trabalhadores perderam o direito a uma vida de estabilidade, muitos foram os que perderam qualquer esperança num futuro.
Ainda assim, a têxtil soube desligar do passado e aplicar toda a sua energia no futuro e ainda bem que fez. Para um país com a dimensão de Portugal, o know-how que existe neste sector é muito significante. Perder este conhecimento e experiência seria matar séculos de história e aprendizagem.
Felizmente, o sector têxtil Português está a viver tempos de crescimento, tempos de esperança e positivismo onde a exploração de oportunidades começa a ser uma possibilidade. Uma grande representação dessas oportunidades passa pelas áreas como proteção pessoal, arquitetura, transportes, desporto, entre muitas outras. Não obstante, a moda continua a ser uma aposta de futuro onde a multifuncionalidade se tem aliado ao estilo como elementos de resposta a novos desafios da sociedade.
O sector têxtil Português cresceu de 5.355 milhões de euros para 7.300 milhões de euros entre 2009 e 2016, respetivamente (fonte – ATP) o que indica que os esforços estão a gerar riqueza e crescimento. Este resultado é em grande parte devido à mudança de mentalidade dos nossos industriais que com o aparecimento de novos modelos de negócios associados ao sector e também aos apoios e incentivos oriundos de fundos comunitários, viram surgir assim a oportunidade de crescer e prosperar em mercados diferenciados.
Em entrevista a Paulo Vaz (Director geral da ATP), este resume um pouco da opinião que tem face às variações do sector nas últimas décadas: “É notável a capacidade de renovação, de resiliência e de se reinventar dos empresários“… “os nossos fatores de competitividade estavam a iludir-se e as decisões difíceis iam sendo adiadas: restruturação, redefinir objetivos, missões, intensificar a internacionalização, redefinir produto. As decisões iam sendo adiadas porque o dia-a-dia impunha-se e apesar de tudo iam surgindo encomendas”… “a crise sacudiu as empresas e foi necessário investir em novas tecnologias, diversificar atividade, apostar em produtos mais tecnológicos”.
Assim, torna-se imperativo que as definições estratégicas sejam ajustadas, que os comportamentos mudem e as mentes se abram. É necessário aprender com os erros do passado para definir e controlar o futuro. Desta forma, entende-se que chegou a altura da têxtil portuguesa (desde a "confeção de garagem", às grandes indústrias) compreender que é agora que têm de “dar o salto”, olhar para o futuro, proteger-se e aumentar a sua imunidade às variações e ameaças de países de mão-de-obra barata. Em suma – a Indústria têxtil Portuguesa tem todas as ferramentas para se ESPECIALIZAR, para se tornar singular e necessária. Tem a tecnologia, tem os recursos humanos capazes e altamente qualificados, tem a experiência dos profissionais com décadas de dedicação ao sector, tem os apoios comunitários, tem as oportunidades e tem a MOTIVAÇÃO. O que falta?! – Perder o medo, acreditar no seu valor e da sua capacidade de chegar mais longe.
O verdadeiro "salto" acontece quando as empresas olham lá para fora e decidem internacionalizar. Decidem que a sua qualidade tem de ser uma imposição e imagem de marca. Decidem ser mais sustentáveis e tornarem-se por isso ecológicamente mais responsáveis. O "salto" acontece quando as empresas mudam a mentalidade em resultado de uma vontade enorme de “chegar lá” onde quer que isso seja.
Não estão sozinhos. Felizmente há profissionais capacitados para ajudar neste percurso que, de início, parece tão tremido e inesperado. Não o é de todo. Venha conhecer as oportunidades que mais se adequam a si, ajustar a estratégia da sua empresa, conhecer as oportunidades e modelos de apoio financeiro que existem disponíveis (internacionalização, Inovação, Inovação produtiva…e muitos mais). Venha crescer connosco.
Vamos tomar um café?